O que é
psicose?
A psicose é
um estado mental patológico de perda de conexão com a realidade que pode levar
a alucinações, alterações de personalidade, desordem de pensamento, delírios,
dificuldades social e problemas para manter atividades cotidianas. Não é
reconhecida como doença, mas como sintoma de transtorno mental.
A
psicose é uma desordem psíquica que não diz respeito ao âmbito da personalidade,
mas, sim, à perda de contato com a realidade.
Tipos
De acordo
com a Classificação Internacional de Doenças volume 10 (CID-10), atualmente
utilizada no Brasil para referência de classificação de doenças, as psicoses
são várias. Elas são a esquizofrenia, o transtorno
de personalidade esquizotípica e os transtornos psicóticos.
Cada um desses tipos pode conter subtipos.
Esquizofrenia
É uma desestruturação
psíquica que faz com que a pessoa perca a noção da realidade e não consiga mais
diferenciar o real do imaginário. É um dos principais transtornos mentais de
que se tem conhecimento.
Esquizofrenia,
no geral, é caracterizada por alterações no pensamento, na percepção, no
comportamento e no humor.
Apesar de
poder acontecer em outras idades, este tipo de psicose se manifesta pela
primeira vez com maior frequência em adolescentes e jovens adultos na faixa dos
14 e 28 anos.
o paciente
esquizofrênico não é extremamente perigoso, assim como também não possui dupla
personalidade. Esses equívocos são comuns pela falta de informação da população
perante a doença.
Existem
diversos tipos de esquizofrenia, cada um com suas características específicas.
Transtorno de
personalidade esquizotípica
O
transtorno esquizotípico se mostra por anomalias do pensamento e humor
semelhantes aos da esquizofrenia.
O paciente
pode apresentar comportamento excêntrico, além de ideias estranhas e paranoides,
mas que não evoluem completamente para um delírio. Períodos quase psicóticos e
alucinações auditivas podem surgir.
Transtorno
delirante persistente
Caracterizados
única ou principalmente por delírios persistentes, mas sem outros sintomas que
possam indicar esquizofrenia ou transtornos de humor, os transtornos delirantes
não causam alucinações na maioria dos casos, mas idosos podem ter alucinações
auditivas com frequência irregular.
Desde que
alucinações tipicamente esquizofrênicas não dominem o quadro, o diagnóstico
desses transtornos não é alterado.
Caso os
delírios sejam de curta duração — em torno de duas semanas — o caso é
classificado como psicose aguda e transitória.
Psicoses agudas
e transitórias
Estes
transtornos são caracterizados por sintomas psicóticos de curta duração e que
não reincidem. Os sintomas incluem ideias delirantes, alucinações e percepções
perturbadas, além de comportamento gravemente desorganizado. O tempo de duração
costuma ser de, no máximo, duas semanas.
Transtorno
delirante induzido
O
transtorno delirante induzido é dividido por duas ou mais pessoas fortemente
ligadas emocionalmente. É frequente em famílias, e apenas um das partes
apresenta delírios autênticos, sendo o outro induzido a eles.
Pais podem
passar delírios aos filhos que acreditam no que eles dizem. O afastamento das
partes costuma ocasionar o abandono dos delírios por parte do induzido.
Transtornos
esquizoafetivos
Este tipo
de transtorno possui sintomas tanto de características esquizofrênicas quanto
de transtornos de humor, não podendo ser classificados nem como um nem como
outro. Está dentro do espectro da esquizofrenia.
Pode ser
dividido em três:
Transtorno
esquizoafetivo do tipo maníaco
Quando o
paciente apresenta sintomas tanto de esquizofrenia quanto de mania de maneira
predominante, esta é a classificação do transtorno. Sintomas de mania podem
incluir euforia ou irritabilidade não condizente com a situação.
Quando
leve, pode passar despercebida por parecer apenas um dia animado para a pessoa.
Ela pode parecer feliz, sociável, com mais vontade de conversar, animada, com
menos sono e mais energia. Ela também pode se sentir mais irritada.
Transtorno
esquizoafetivo do tipo depressivo
Nesta
condição, o paciente sofre com sintomas tanto de esquizofrenia quanto de
episódios depressivos, ambos de maneira predominante.
Sintomas de
episódios depressivos são falta de energia, desânimo, perda de interesse, falta
de concentração, capacidade de experimentar prazer alterada, diminuição do
apetite e da concentração apresentados em um contexto que não condiz com estes
sentimentos.
Transtorno
esquizoafetivo do tipo misto
Aqui, os
sintomas de esquizofrenia são acompanhados tanto por episódios maníacos quanto
depressivos em igual medida.
Transtornos
afetivos X psicoses
Os
transtornos afetivos são aqueles que afetam o humor. É o caso
do transtorno afetivo bipolar. É importante ressaltar que
transtornos de humor não são psicoses. Existem
casos em que os transtornos afetivos apresentam sintomas psicóticos, mas isso
não quer dizer que eles passam a ser uma psicose.
Outros
transtornos
Existem outras psicoses que não entram em nenhuma das classificações
anteriores. É o caso, por exemplo, da psicose alucinatória crônica,
uma condição que causa alucinações e delírios e cujos episódios podem ser
espaçados por meses. Ela não se encaixa em nenhum tipo de esquizofrenia.
Causas
A psicose pode ocorrer em diversos
casos, e para cada um deles há uma causa específica.
·
Depressão grave
·
Doença de Alzheimer e outras demências
·
Estresse psicológico
severo
·
Privação do sono
·
Abstinência de álcool
·
Infecções e cânceres do
sistema nervoso central
·
Lúpus
·
Insuficiência renal e hepática
·
Cistos no
cérebro ou tumores cerebrais
·
Acidente vascular cerebral (AVC)
·
Aids
·
Sífilis
Pode-se
dizer que existem duas causas para psicoses: genética e devido ao abuso de
substâncias. Além disso, existem as chamadas psicoses secundárias, que são
sintomas psicóticos causados por outras condições e não são realmente psicoses,
fazendo parte de outro diagnóstico.
No geral,
ou a pessoa possui psicose ou não. Um acidente, outras doenças ou traumas
severos não irão criar uma psicose que não existe.
Existe, na
medicina e na psicologia, a discussão sobre o que causa o desencadeamento de
uma psicose latente, mas na gigantesca maioria dos casos é impossível saber. O
que se sabe é que a pessoa já era propensa a desenvolver a psicose.
Entretanto,
existe uma maneira de adquirir a psicose mesmo sem tê-la
latente. O abuso de substâncias
psicoativas é capaz de causar uma psicose legítima.
Usar drogas
em grandes quantidades e de maneira frequente pode causar uma psicose. Se a
pessoa já possui a condição latente, existe uma chance maior de a doença ser
desencadeada. As drogas aqui listadas não estão em ordem específica e todas, em
menor ou maior grau, apresentam riscos. As drogas que fazem isso são:
·
Cocaína;
·
Anfetamina;
·
Metanfetamina;
·
MDMA (ecstasy);
·
Mephedrone (MCAT);
·
Maconha;
·
LSD;
·
Cogumelos alucinógenos;
·
Ketamina;
·
Álcool.
Psicose
secundária
Quando uma
doença causa sintomas psicóticos como alucinações e delírios, ela não passa a
ser considerada uma psicose. Estas doenças podem levar aos sintomas, mas são
seu próprio diagnóstico e não entram na classificação de
psicose.
Depressão grave
A depressão grave
pode causar sintomas psicóticos, levando a alucinações e delírios.
Anomalias
anatômicas no cérebro
Uma
anatomia diferenciada no cérebro pode causar diversas condições, entre elas
sintomas psicóticos.
Desequilíbrio
entre os neurotransmissores
Alguns
neurotransmissores desequilibrados podem causar alucinações e delírios.
Desequilíbrio
hormonal
Hormônios em
excesso ou em falta podem causar vários problemas. O cortisol, hormônio
produzido pela glândula suprarrenal, quando em excesso, pode causar depressão e sintomas
relacionados com psicoses.
Cisto no
cérebro ou tumores cerebrais
Cistos e
tumores localizados no cérebro podem causar alucinações, delírios e outros
sintomas psicóticos.
Doenças
autoimunes
Doenças
autoimunes, como lúpus, além de outras
doenças, podem causar sintomas psicóticos ao atacar o sistema nervoso central.
Sífilis
A sífilis é uma doença
sexualmente transmissível causada por uma bactéria e que pode afetar o sistema
nervoso central e o cérebro como um todo, podendo causar sintomas de psicose,
além de outras doenças neurológicas.
Câncer
Tumores
malignos graves em qualquer parte do corpo podem causar sintomas temporários de
psicose em um paciente.
Insuficiência
renal
Algumas
consequências da insuficiência renal estão conectadas com sintomas psicóticos.
A uremia, por exemplo, que é causada por excesso de impurezas no sangue (que
por sua vez é causada por falta de capacidade de filtragem dos rins) é capaz de
causar confusão mental e delírios.
Epilepsia
Não existe
consenso quanto a epilepsia ser causa
de psicoses. A neurologia afirma que a relação não existe, mas o Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders V (DSM, em tradução
livre, Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais) considera
pacientes com o foco na epilepsia no lobo temporal como parte do grupo de
risco.
Demências e AVC
O acidente
vascular cerebral e demências como a doença de Alzheimer podem
causar sintomas característicos de psicoses, porém a análise anatômica do
cérebro, somada ao conjunto de sintomas, tornam essa condição uma doença
diferente das psicoses e não entram nesta classificação.
Grupos de risco
Estima-se
que 1% das pessoas entre 14 e 28 anos de idade são consideradas de alto risco
clínico para esse transtorno e que pelo menos 20% dessas pessoas sofrerão um
episódio psicótico na vida.
Abuso de substâncias
Pessoas que
usam drogas psicoativas em grande frequência e quantidade estão no grupo de
risco para o desenvolvimento de psicoses. Se a pessoa já possui a condição
latente e não sabe, a frequência e quantidade deixam de ser variáveis: usar
drogas psicoativas uma vez pode ser o bastante para desencadear uma uma crise
psicótica.
Álcool
O alcoolismo pode
desencadear uma psicose e o mesmo se aplica a abstinência de álcool, uma das
mais perigosas crises de abstinência que existem.
Pessoas com
familiares com psicoses
Existem
estudos que vinculam psicoses com fatores genéticos, que podem ser passados de
pais para os filhos. Se alguém sofre com psicoses, seus familiares também estão
no grupo de risco.
Sintomas
Psicoses
são caracterizados pela desconexão do paciente com a realidade. Entre seus
principais sintomas estão:
Pensamento confuso
O modo que a pessoa encontra para se expressar costuma ser
alterado, não havendo conexão entre as ideias. Nesses casos, as frases emitidas
pelo paciente podem não ter sentido ou não serem claras. O individuo também
pode encontrar dificuldades para concentrar-se e ter problemas de memória
recente. Da mesma forma, a fala também pode estar muito rápida ou muito lenta,
dependendo da pessoa.
Alucinações
São percepções falsas da realidade. O indivíduo ouve vozes, vê
coisas que não existem, sente cheiros esquisitos e pode ter sensações tácteis
desagradáveis.
Alterações nos sentimentos
Podem ocorrer transformações nos sentimentos pessoais do paciente
sem nenhum motivo aparente. A pessoa pode se sentir estranha ou diferente e as
oscilações de humor, nesses casos, são frequentes.
Comportamento alterado
A mudança no comportamento usual da pessoa é um sintoma muito
comum da psicose. No início, esse sinal costuma se manifestar na queda do
rendimento no trabalho ou na escola. Os indivíduos podem ficar tanto muito
ativos quanto letárgicos. Eles podem permanecer a maior parte do dia deitados
ou sentados imóveis, assistindo televisão
Se antes essas mesmas pessoas eram comunicativas, de uma hora para
a outra, elas podem não querer mais conversar com ninguém, preferindo ficar
sozinhas no quarto, recolhidas. Ou pode acontecer também o inverso. Se antes
eram tímidas, passam a ser mais falantes, às vezes comportando-se de forma
inadequada em ambientes públicos. Também podem falar ou rir sozinhos sem nenhum
estímulo aparente.
Os hábitos de higiene também podem ser comprometidos. O paciente
pode passar a não tomar banho ou escovar os dentes, levando-o a ter uma
aparência descuidada. A perda de
apetite e a alteração do sono
também são alguns dos sintomas mais frequentes em pacientes diagnosticados com
psicose, em que eles podem passar até a noite inteira sem dormir.
Delírios
A percepção
é a maneira como uma pessoa interpreta um estímulo externo, por exemplo quando
você enxerga o desenho de um sol. O estímulo é o desenho. Seu
cérebro interpreta este estímulo e você é capaz identificá-lo como um sol: esta
é a percepção.
Em um
delírio, o paciente possui uma percepção falsa sobre a realidade,
necessariamente baseada em um estímulo externo que é interpretado de maneira
incorreta. Essa percepção não é abalada apesar de contra-argumentação e provas
óbvias do contrário.
Importante
notar que os delírios são coisas individuais, diferentes de instituições como
as religiosas, que são culturais e coletivas.
A intensidade deste sintoma costuma
aumentar conforme o curso da doença. No começo, por exemplo, a pessoa pode
ainda apresentar algumas dúvidas em relação a essas falsas ideias, mas com o
passar do tempo ela se convence totalmente e mesmo o argumento mais lógico não
faz sentido para ela. A falsa ideia de perseguição está entre os principais
tipos de delírios, que são caracterizados por sentimentos de medo e
desconfiança constante. Uma pessoa com psicose pode, ainda, achar que tem
poderes especiais ou que a televisão ou o rádio estão mandando mensagens
diretamente a ela.
Alucinações
Alucinações
são experiências que se assemelham com a percepção de um estímulo que não está
presente no momento. Elas podem envolver qualquer um dos cinco sentidos,
fazendo com que a pessoa veja ou ouça imagens ou sons que não estão sendo
emitidos.
São
percepções falsas da realidade. O indivíduo ouve vozes, vê coisas que não
existem, sente cheiros esquisitos e pode ter sensações tácteis desagradáveis.
Desorganização
do pensamento
Pensamentos
e discurso confusos e desorganizados.
Comportamento
motor desorganizado
O paciente
pode ter o comportamento alterado, podendo estar por exemplo muito agitado ou
catatônico, que é um estado de baixa reatividade ao ambiente.
Sintomas
negativos
São chamados de sintomas negativos quaisquer sintomas
que subtraem capacidades do paciente. No caso das psicoses, com o tempo, pode
haver reduções cognitivas e perda da volição, ou
seja, perda da capacidade de escolha e decisão.
Alterações de humor
Oscilações de humor podem ser comuns em psicoses, causando sentimentos
de depressão ou euforia.
Alterações comportamentais
É comum que pacientes de psicoses tenham queda no rendimento escolar e
profissional, além de prejuízo no círculo social. Entre os comportamentos
alterados pode estar deixar de realizar responsabilidades que antes eram
cumpridas como tarefa de casa ou o trabalho.
Como é feito o diagnóstico de psicoses?
Diagnosticar
uma psicose é trabalho do médico psiquiatra ou psicólogo por
meio de investigação adequada.
Nesta avaliação,
devem ser abordados os sintomas das psicoses através de entrevista e relatos de
comportamentos, histórico familiar, história de vida do paciente, doenças e uso
de substâncias.
Exames
extras podem ser utilizados, por exemplo, exames de sangue, ressonância
magnética e tomografia computadorizada. É importante notar que estes exames não
são feitos para encontrar sinais de psicose, mas para descartar
condições que possam causar uma possível psicose secundária.
Psicose tem
cura?
Infelizmente,
as psicoses não têm cura. Elas podem ser tratadas e entrar em
remissão, mas o risco de afetar o paciente sempre estará presente.
Os
tratamentos para a condição podem controlar os sintomas e melhorar a qualidade
de vida do paciente.
Qual o
tratamento?
O
tratamento para psicoses envolve o uso de medicamentos antipsicóticos e terapia
psicológica, além de afastar o paciente de gatilhos conhecidos.
Terapia
As psicoses
são condições que podem causar grande sofrimento no paciente e é importante que
haja terapia psicológica para ajudá-lo a conviver melhor com seu transtorno.
Medicamentos
para psicoses

O
tratamento medicamentoso é o mais comum para psicoses.
Ele varia
de pessoa para pessoa e de tipo para tipo de transtorno, então a dosagem e o
medicamento específico pode variar. Dependendo do caso, provavelmente haverá
necessidade de ajustes.
Os
primeiros meses de tratamento podem ser difíceis devido a dosagens que precisam
ser adaptadas para cada paciente.
Os
medicamentos mais usados em caso de psicoses são:
·
Amissulprida;
·
Aripiprazol;
·
Benperidol;
·
Ciamemazina;
·
Flufenazina;
·
Flupentixol;
·
Haloperidol;
·
Melperona;
·
Olanzapina;
·
Pimozida;
·
Risperidona;
·
Sulpirida;
·
Ziprasidona;
Atenção!
NUNCA se
automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um
médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do
tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações
contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de
forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como
recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da
bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Convivendo
O medo das
crises, os medicamentos, os julgamentos sociais e dos familiares podem ser
pesos complicados na vida do paciente com psicoses.
É
importante que, para a convivência e aumento da qualidade de vida, a pessoa
frequente o psicólogo. Os parentes próximos também podem usar de consultas
psicológicas para aprender sobre e como lidar com a condição que será presente
na vida a partir daquele momento.
Algumas
recomendações são:
Orientação
familiar
Os
familiares são aqueles que irão passar mais tempo com o paciente doente e isso
pode ser desgastante. A doença causa sofrimento, acima de tudo, para o
paciente, mas os familiares também passarão por desafios.
É
importante que a família aceite e entenda a doença, evitem tentar culpar alguém
ou alguma coisa pelo que aconteceu e que não desconte no paciente as
frustrações que ela lhe causa.
Terapia
ocupacional
A terapia
ocupacional pode ajudar o paciente a aprender como conviver com seus arredores
e com sua condição. Este tipo de terapia é capaz de aumentar drasticamente a
qualidade de vida do paciente, especialmente se houver terapia familiar junto
da ocupacional.
Grupos de ajuda
Grupos de ajuda podem transmitir a sensação de que a pessoa não
está sozinha na situação em que se encontra, tanto para os pacientes
quanto para os familiares. Parte considerável da população passa por situações
parecidas e os grupos de ajuda podem servir de apoio para quem se sente
solitário nesta situação.
Prognóstico
A remissão significa que os sintomas não estão mais presentes e que a
condição não está ativa no momento. Contudo, ela pode voltar e, por isso, o
tratamento não deve se descontinuado mesmo durante a remissão.
Se o
primeiro episódio do psicose se deu na vida adulta, é mais fácil viver com
menos complicações, seguindo o tratamento e evitando gatilhos para as crises,
já que o paciente passou pelas adaptações sociais necessárias antes da condição
o atingir.
Entretanto,
seguindo o tratamento medicamentoso e frequentando o médico psiquiatra e o
psicólogo, mesmo em remissão, é possível ter uma qualidade de vida
satisfatória.
Complicações
O paciente com psicose sofre com enorme perda de qualidade de vida e
isso acontece mesmo com tratamento. Sem tratar a condição, as psicoses podem
levar um paciente ao suicídio.
Perdas sociais
Por conta dos delírios e alucinações, pessoas com psicoses podem sofrer
severas perdas sociais, tanto pelas pessoas não se sentirem confortáveis
próximas a elas, quanto pelo paciente não se sentir confortável próximo de
outras pessoas.
Durante uma
crise psicótica, a pessoa pode acreditar que os outros estão tramando contra ela
ou que querem seu mal. Fora de uma crise, ela pode se sentir mal e envergonhada
pelo que acontece consigo.
Perda de
volição
A volição é
a capacidade de fazer escolhas. Com o tempo, o paciente pode ter sua volição
reduzida, tornando o paciente dependente das escolhas de pessoas a seu redor.